Nova série brasileira da Netflix “Cidade Invisível” estreia na próxima sexta feira dia 5, trazendo a mistura perfeita entre o suspense policial e o terror por trás das histórias do folclore brasileiro. A Cinerama teve acesso antecipado aos primeiros quatro episódios, e trouxe as primeiras impressões sobre a série que promete deixar todo mundo de cabelo em pé. Confira:
Você já deve ter ficado com medo de alguma clássica lenda urbana do nosso tão amado folclore, além de ter aproveitado na infância as histórias do O Sítio do Pica-Pau Amarelo, mas será que já conhecemos tudo? “Cidade Invisível” é a nova série brasileira da Netflix, criada por Carlos Saldanha, ela traz consigo o folclore do jeito mais aterrorizante que alguém possa imaginar. Flertando com o suspense policial, essa nova releitura do folclore era o que estávamos precisando para o audiovisual nacional.
A nova aposta da Netflix acertou em cheio nos detalhes e no modo em que vai prender os assinantes na frente da televisão. A forma como a série foi apresentada já é o suficiente para atingir a curiosidade das pessoas e com certeza será considerado como uma grata surpresa pra uns, e um tanto mitológico demais para outros.Mas não pense que veremos os personagens da forma que já conhecemos, pois, junto coma releitura das histórias, também encontramos um visual novo para cada um.
Cidade Invisível Netflix
SINOPSE: Na primeira série em live-action de Carlos Saldanha, um fiscal ambiental (Marco Pigossi) descobre o mundo oculto das entidades mitológicas do folclore brasileiro ao encontrar uma conexão entre o aparecimento de um golfinho de água doce, já morto, numa praia do Rio de Janeiro e a morte de sua mulher.
O disfarce é uma técnica que remonta ao início dos tempos, sendo utilizado em larga escala por diversas espécies. Na humanidade, não foi diferente, e no campo da ficção esta arte sempre aparece – às vezes, infelizmente, de forma clichê. Mas e quando o disfarce se torna o mote do produto em questão? Pode-se dizer que temos a oportunidade de encontrar algo verdadeiramente mágico? Lupin, nova série francesa da Netflix, nos prova que sim.
O novo sucesso da Netflix é um presente aos fãs de Arsène Lupin, ladrão das histórias de Maurice Leblanc. O personagem, famoso na literatura policial, é conhecido não só pela astúcia, mas também pelo gentileza, elemento crucial para que o leitor sinta empatia e até mesmo torça para que Lupin vença ao final. Esta lógica foi trazida para os dias atuais, a exemplo de Sherlock. A diferença fundamental é que, enquanto na série britânica o protagonista é realmente Holmes em uma Londres contemporânea, em Lupin o protagonista se inspira no ladrão em diversas ocasiões.
Lupin / Netflix
Omar Sy brilha em Lupin
E por falar em protagonista, este é o grande trunfo da série. Omar Sy, interpretando Assane Diop, é extremamente carismático, demonstrando versatilidade e um bom humor que o tornam um excelente personagem. Também, sua causa é nobre: provar a inocência do pai e se vingar de uma família rica. É uma trama que pode não ser lá original, mas é respaldada pela incrível atuação de Sy. Ao longo de cinco episódios, ele esbanja personalidade enquanto se disfarça de entregador, informante, prisioneiro, empresário e outros.
Mas engana-se quem pensa que Omar Sy é um protagonista perfeito: seu distanciamento para com o filho Raoul (Etan Simon) e o relacionamento problemático com a ex-esposa Claire (Ludivine Sagnier) são algumas questões que ajudam a criar um protagonista imperfeito e que pode sempre vencer, mas nem sempre ficar com a vitória. Soma-se a isso seu relacionamento com Anne Pellegrini, personagem de certa neutralidade que catapulta-se como um fiel da balança na série – embora seu papel não seja tão desenvolvido nesta primeira parte.
Lupin / Netflix
Um ponto importante é que a série não ignora problemas da sociedade como o racismo. Assane, filho do imigrante senegalês Babakar (Forgass Assandé), se depara com esse tipo de situação em alguns momento, com a inserção dessas discussões ocorrendo de forma cirúrgica e sendo excelente maneira de provocar o telespectador. Na busca por honrar a memória de seu pai, Assane também se depara com a desigualdade social, com o poder econômico ditando regras em Paris alterando as regras na justiça, na polícia e até mesmo na vida e morte de várias pessoas.
O roteiro da série, embora desenvolva-se agilmente em cinco episódios, é marcado por alguns ruídos e imperfeições, com algumas reviravoltas dignas das últimas duas partes de La Casa de Papel. Parte disso se deve às trapalhadas de alguns investigadores e também a uma chantagem envolvendo justamente o comissário de polícia. O vilão, Hubert Pellegrini(Hervé Pierre), é um tanto genérico e de dimensão única, mas seu núcleo familiar tem potencial. Com a deixa do último episódio, é esperado que o conflito entre Assane e Hubert se intensifique durante a vindoura segunda temporada.
Vencidas essas questões, a tom é de certa forma leve, tão leve quanto as mãos de Assane. O talento do protagonista, a dinamicidade dos episódios e o pano de fundo de Arsène Lupin ajudam a disfarçar (!) as falhas do roteiro e tornar a narrativa agradável e convidativa. Talvez o maior atrativo de Lupin, além do excelente trabalho de Omar Sy, é o fato da série ser ágil como uma animação e ter um doce toque literário que impressiona nestes duros tempos de pandemia.
Adaptações tornaram-se recorrentes no catálogo da Netflix, desbravando um caminho de oportunidades para livros e “live-action” de games e desenhos. Derivada de uma série animada, Fate: a Saga Winx, a nova releitura da líder dos streamings, busca independência do material original, entregando uma 1ª temporada morna e tímida.
Desculpa tocar nessa ferida, mas é preciso! Existem machucados no mundo das adaptações em live-action de desenhos que não cicatrizaram. Uma marca pungente que está adormecida na mente de alguns fãs por causa de títulos como Dragonball Evolution e O Último Mestre do Ar. Tais produções são usadas como exemplos do “que não fazer” e mostraram que recriar uma animação com personagens de carne e osso é uma missão arriscada. Para tal objetivo, todos os meios são possíveis e inserir um novo tom é a principal escolha na criação de Fate: A Saga Winx, que assume uma identidade diferente do poço que bebe.
Uma “pegada” sombria é bem-vinda, assim como a relação conturbada entre os personagens. No entanto, a 1ª temporada até tenta condensar tudo em um produto final díspar, mas não chega lá. Preso no mantra de “nada de cores, apenas sombras“, o show emula algo sinistro, falhando em criar uma ambientação que desperte, no mínimo, um friozinho na barriga.
Fate: a Saga Winx (1ª temporada) / Netflix
Sobre a 1ª Temporada de Fate: a saga Winx
A história de cinco fadas que frequentam um colégio interno mágico no Outro Mundo chamado Alfea. Além de aprender a controlar seus poderes, precisam lidar com o amor, rivalidades e os monstros.
Em 2004, Iginio Straffi deu asas a sua imaginação e tirou do papel uma história intitulada O Clube das Winx, criando uma trama acerca de jovens garotas descobrindo poderes enquanto frequentam uma escola de fadas. A animação, de origem italiana, ganhou as telas do SBT, nas manhãs do Bom Dia & Cia. Com uma canção de abertura “chiclete”, muita cor e magia, a história de Iginio conquistou fãs, marcando a infância de muitos. Mais de quinze anos depois, o showrunnerBrian Young (que tem no currículo Diários de Um Vampiro) entrega uma nova roupagem, deixando de lado quaisquer laços nostálgicos.
Fate: a Saga Winx (1ª temporada) / Netflix
Caminhar pelo solo das adaptações é flertar com a incerteza; de um lado os fãs apegados ao material original, do outro, o público em potencial que desconhece a fonte. Agradar gregos e troianos é uma tarefa quase impossível, de fato, mas o que acontece no momento que escolhas criativas ignoram pontos importantes da obra primária, pecando na hora de inventar algo novo? Fate: A Saga Winx é uma sucessão de erros, com poucos acertos, colocando o espectador em uma jornada desequilibrada, cheia de solavancos. Não é a ausência de elementos nostálgicos que puxam a série para baixo, mas a tentativa de ser sombria e falhar, de ser diferente e cair em velhos clichês.
Logo, as cenas que vestem a máscara de “fantasia sombria” não convencem, tampouco são capazes de criar uma aura de perigo iminente como em Diários de Um Vampiro. Basta ver o primeiro contato com a trama, em que uma cena de abertura (previsível em todos os sentidos) expõe a fragilidade desse ponto em especial. Sabemos o que vai acontecer, inclusive a ordem dos acontecimentos. E quando ocorre conforme nossa previsão, torna-se apenas um momento esquecível. Apertar o play em Fate: a saga Winx é ter a impressão de que estamos numa versão alternativa do 1º ciclo de O Mundo Sombrio de Sabrina, sem a mesma atratividade.
Fate: a Saga Winx (1ª temporada) / Netflix
Somado a isso estão itens que deixam o saldo final negativo. A fotografia escura, muitas vezes, cumpre a função de ocultar algum déficit nos efeitos visuais. Há cortes entre uma cena e outra que atrapalham o desenvolvimento dos personagens, impedindo os atores de mostrarem mais, de explorar outras dimensões de seus papéis.
O roteiro atira para todos os lados, acertando diversas temáticas ao mesmo tempo, porém trata todas com pouco capricho, vide o arco da Stella e sua mãe, que acontece às pressas e a trama de Bloom e o seu passado. Assim como subtramas que envolvem a amizade e a inimizade entre Fadas e Especialistas. Diálogos rasos enfraquecem o ritmo, mesmo a season 1 sendo composta por meia dúzia de episódios. As falas se resumem em um conjunto penoso: observações óbvias, intrigas infantis e conversas vazias. Claro que há diálogos aproveitáveis, mas o lado negativo prevalece, infelizmente.
Fate: a Saga Winx (1ª temporada) / Netflix
Bloom é uma protagonista complicada, sofrendo pela falta de carisma durante toda a 1ª temporada. Compreender suas motivações é um trabalho árduo. Alguns podem conseguir, outros não! Arrogância e indiferença misturam-se para nutrir a personalidade de Stella, uma ideia interessante, porém justificada ligeiramente, deixando a personagem estereotipada.
Musa recebe um novo dom, o que lhe permite um relacionamento interessante com os demais, mas seus fones tornam-se fechaduras, isolando-a em seu próprio mundo. Na metade da série, Musa simplesmente vira outra personagem, indo de um ponto ao outro sem qualquer desenvolvimento. Aisha merecia mais tempo de tela, passando boa parte da narrativa como coadjuvante, sem dilemas ou conflitos individuais. Ela até mostra um controle considerável de seu poder no início, porém no andar da carruagem ela é enfraquecida, tentando manipular, com muito esforço, dois litros de água!
Terra é a única personagem que obtém um pouco da empatia do público nesta temporada inaugural. Indo contra padrões, ela transparece mais verdade e sua intérprete se sai bem, fugindo de um retrato caricato, entregando a única Winx que brilha mais que as outras.
Fate: a Saga Winx (1ª temporada) / Netflix
Depois de concluir seis episódios, a sensação que perdura é o desapontamento. Ver o potencial e descobrir que a série foi incapaz de alcançar, é como um tapa de frustração difícil de esquecer. Ainda que tente simular fantasia com uma “pegada” mais “dark“, as coisas soam como um eco das produções recentes da Netflix voltadas para o público adolescente. Tudo acaba sendo superficial, corrido e caótico. Não temos tempo para comprar ideias ou assimilar subtramas (quase todas apáticas). O que resta é um ou outro momento bom, um ou outro personagem aproveitável. E só, lamentavelmente.
Talvez, Fate: a saga Winx tenha dado o primeiro passo, um tiro no escuro para descobrir o que funciona e o que não funciona, em prol de futuras temporadas. Saber onde errou e buscar um conserto pode ser um processo cansativo e quem sabe uma luz no fim do túnel.
Produção brasileira original da Netflix, “Pai em Dobro” traz Maisa, Eduardo Moscovis e Marcelo Médici em uma aventura familiar carismática e cheia de significado. Roteirizado pela escritora Thalita Rebouças, o longa infanto-juvenil investe em uma trama leve e espirituosa para garantir a diversão do espectador.
“Pai em Dobro“, aposta da Netflix para o calendário brasileiro de 2021, marca a estreia da dupla Thalita e Maisa no streaming da produtora. Impulsionado pelo clima festivo do Carnaval, o longa dirigido por Cris D’Amato emociona e cativa, à medida que apresenta uma narrativa despretensiosa que sabe aonde chegar.
No filme, Vicenza (Maisa) é uma jovem de 18 anos que foi criada por Raion (Laila Zaid) em uma comunidade hippie do interior. Sem conhecer o seu pai biológico, a menina aproveita a viagem da mãe à Índia e embarca sozinha para o Rio de Janeiro a fim de encontrá-lo. Seguindo uma série de pistas, ela se hospeda na sede do bloco “Ameba Desnuda” e inicia uma aventura de autoconhecimento pelas ruas cariocas. No entanto, à medida que se aproxima de seu maior sonho, a menina descobre que dois homens podem ser seu pai.
Pai em Dobro / Netflix
“Pai em Dobro” – que explora o amor para além dos laços de sangue – baseia a sua premissa na problemática de uma personagem que cresceu sem saber de onde veio. Narrado do ponto de vista da protagonista, o longa transforma a “falta de identidade” dela em uma lição valiosa sobre família e amizade, reunindo peças de coesão que agradam o grande público e que mantêm aceso o interesse do espectador. Cheio de personalidade, o filme é extremamente relacionável e torna-se um sucesso ao teleportar os sentimentos da menina para fora da tela. Dessa forma, à medida que Vicenza tenta impedir que seus pais se encontrem, a história se transforma em um conto cativante de empatia e doçura.
No entanto, ainda que o longa se esforce em entregar um material impecável, algumas falhas desviam a atenção do público e prejudicam o potencial da produção. Nesse sentido, os diálogos rasos – que infantilizam o contexto narrativo – e a superficialidade dos arcos secundários corroboram para um roteiro previsível e, na maior parte das vezes, ordinário. Sempre preferindo a saída mais fácil, o lançamento da Netflix poderia ser muito mais do que realmente apresenta.
Pai em Dobro / Netflix
“Pai em Dobro“, aventura familiar que conjura elementos eficientes do universo infanto-juvenil, é uma amostra simples e significativa de uma história de amor. Apresentando Maisa Silva no papel de uma protagonista confortável, a produção do streaming é leve, engraçada e capaz de encantar todo o tipo de público. O filme, apesar de carregar problemas estruturais em sua fundação, não foge do que sempre propôs e, dessa forma, surpreende positivamente. Carregado de sentimento, é o suficiente para chamar a atenção.
Produção americana lançada pela Netflix, “Zona de Combate” apresenta Anthony Mackie e Damson Idris em uma narrativa futurística recheada de ação. Dirigido por Mikael Håfström, o longa ficcional reúne elementos qualitativos capazes de despertar o interesse do espectador, mas se perde no caminho e entrega um produto simplista e pouco convincente.
Em “Zona de Combate“, no ano de 2036, uma guerra civil na Ucrânia leva os Estados Unidos a enviarem frotas armadas para uma delicada missão de paz. Durante a operação, uma equipe de fuzileiros navais e “Gumps” – soldados robotizados – são emboscados. No meio do confronto, o piloto de drone Thomas Harp (Damson Idris), desobedecendo a uma ordem direta, lança um míssil não autorizado e mata dois de seus compatriotas em campo.
Como punição, Harp é enviado a uma base de operações americana, no centro de uma zona de conflito, a fim de auxiliar o Capitão Leo (Anthony Mackie) – um super androide disfarçado de humano – a localizar um perigoso dispositivo capaz de potencializar os riscos de uma guerra mundial. Entregues à missão de evitar que o terrorista Victor Koval obtenha o controle de uma rede de mísseis nucleares, a dupla de militares corre contra o tempo e enfrenta ameaças tecnológicas que colocam em risco o futuro do planeta.
Zona de Combate / Netflix
“Zona de Combate” – que investe em um diálogo ficcional sobre a relação dos humanos com as máquinas – cria uma atmosfera de ação extremamente violenta e arrebatadora que serve de reflexo social para os problemas advindos da guerra. Apresentando uma sequência introdutória de tirar o fôlego, a produção de Mikael Håfström estabelece um padrão significativamente alto para o curso dos acontecimentos e, até certo momento, as expectativas são atendidas. Conjurando elementos dignos de franquias conceituadas como “Exterminador do Futuro”, o lançamento do streaming oferece, em seu terço inicial, o suficiente para chamar a atenção.
No entanto, apesar das eletrizantes cenas de ação, o longa não mantém a qualidade inicial e, por fim, se transforma em um thriller genérico recheado de promessas inalcançáveis. Dessa forma, à medida que tenta criar sequências sangrentas para manter acesa a curiosidade do espectador, “Zona de Combate” vira um campo de batalha repleto de morte e destruição e, infelizmente, esquece de oferecer algo a mais.
Zona de Combate / Netflix
“Zona de Combate“, imerso em uma narrativa futurística, carrega consigo a dose necessária de ação desejada pelo grande público. Lançado no dia 15 de janeiro pelo streaming da Netflix, o longa traduz em tela a emergência dos efeitos da guerra no cenário global e gera um diálogo interessante sobre o futuro da sociedade. Impulsionada por performances empolgantes de seus protagonistas, a produção de Mikael Håfström, no entanto, falha em suas próprias ambições e, a partir do momento que oferece desenvolvimentos simplistas e conclusões precipitadas, torna-se um produto decepcionante. Finalmente, absorto na necessidade de se manter na zona de conforto, a ficção inconstante sobre a distopia automatizada de um mundo em guerra se perde no esquecimento e desperdiça o seu imenso potencial.
Produção original da The Solution Entertainment Group, “Legado Explosivo” apresenta o retorno de Liam Neeson ao extensivo gênero policial. Dirigido e roteirizado por Mark Williams (Ozark), o longa ficcional esbanja suspense e ação, mas insiste em uma trama pouco profunda e esquece de oferecer uma história minimamente significante.
Em “Legado Explosivo“, Tom Noland (Liam Neeson), um lendário ladrão de bancos, resolve mudar de vida e se tornar uma pessoa honesta quando se apaixona por Annie (Kate Walsh), uma mulher que trabalha em uma instalação de armazenamento. Na esperança de se entregar aos federais e fechar um acordo por uma sentença reduzida, ele decide deixar o seu legado para trás e concorda em devolver todo o dinheiro que roubou. No entanto, quando dois agentes corruptos do FBI o acusam injustamente de assassinato, uma caçada mortal tem início e a luta por verdade e justiça toma conta das ruas sangrentas do condado americano.
Legado Explosivo / Imagem Filmes
“Legado Explosivo” – que, desde o início, tenta convencer com a sua premissa fundamentalmente duvidosa de ação – não é capaz de se livrar das amarras temerárias que as produções do gênero insistem em impor e se desgraça na falta de imaginação de seu corpo “criativo”, que parece firme na tentativa de desenvolver um material inofensivo e, na maior parte das vezes, limitado. Nesse sentido, com pouca personalidade, a aventura policial de Mark Williams se junta à uma imensidão de longas decepcionantes e sonolentos que não alcançam um padrão mínimo para agradar.
Projeto familiar para os fãs da filmografia de Neeson, no entanto, “Honest Thief” – original – reacende a chama dos clássicos de ação protagonizados desde 2008 pelo ator. Conjurando elementos similares à trilogia “Busca Implacável“, o filme é capaz de despertar um saudosismo interessante no espectador, mas se perde em suas ambições e entrega um material simples e inexpressivo. Dessa forma, à medida que apresenta uma enormidade de falhas – aparentemente sem saída -, a produção estadunidense revela ser incapaz de explorar o seu cenário narrativo e de aprofundar os seus personagens minimamente relacionáveis, reduzindo-os a presenças desinteressadas e confusas que afastam a audiência da completude da história.
Legado Explosivo / Imagem Filmes
“Legado Explosivo“, estranhamente empenhado em transformar o roteiro raso de Mark Williams em um blockbuster de ação, falha em suas tentativas de agradar o grande público e acaba por estacionar em uma sessão da tarde pouco convincente e sem muito brilho. Dispondo, a princípio, de elementos interessantes e promissores, a tradução em tela não funciona e, por duas horas, o espectador é bombardeado com frases prontas e arcos narrativos previsíveis de personagens pouco desenvolvidos. Incapaz de sair da sua zona de conforto, o longa, sem muita credibilidade, torna-se esquecível e bem pior do que deveria ser.
Soul, o novo filme da Disney/Pixar, está entre nós! Faz mais de vinte e cinco anos desde que Toy Story, o primeiro longa dessa parceria, foi lançado. Desde então, a quantidade de animações lançadas pelas duas companhias só tem se feito crescer e angariado imensas bilheterias, além de inúmeros corações. Seja como for, 2020 nos apresentou um cenário atípico, com os cinemas no mundo todo ameaçados devido à pandemia. Isto não parou a Pixar, pelo contrário: com uma posição um tanto mais confortável devido ao streaming Disney+, o estúdio lançou no serviço sua mais nova animação. E, ao longo do filme, é difícil não render-se à história e quase exclamar: “eles fizeram de novo!”.
Soul se passa em uma das versões mais coloridas e vivas de Nova York já vistas. Aqui, nosso protagonista é Joe Gardner (Jamie Foxx), um professor de música cujo sonho é a carreira no jazz. Um dia, Joe ganha uma oportunidade de se apresentar com a estrela Dorothea Williams (Angela Bassett). Na empolgação, cai em um bueiro e, aparentemente, morre.
Soul | Pixar
A virada da trama, já mostrada nos trailers, denota a capacidade da Pixar em construir seus ambientes ainda que eles não tenham apego ao mundo físico. Isto, claro, passa pela necessidade de se abordar de uma maneira branda o conceito de “morte”, uma vez que ainda estamos falando de um filme cujo foco, ainda que por vezes não pareça, seja o público infantil. E, aqui, Soul brilha: o “além-vida” é inserido cirurgicamente na trama apenas como ferramenta para colocar Joe no “pré-vida”, onde as almas ganham suas personalidades antes de irem para a Terra. De todo modo, após algumas trapalhadas, Joe se torna o mentor de 22 (Tina Fey), uma alma desobediente e rebelde.
Joe e 22 são opostos em diversos aspectos, mas a interação entre ambos é talvez o ponto alto do filme. Entre uma confusão e outra, aos poucos eles vão se entendendo e destruindo suas barreiras para momentos-chave do longa. Jamie Foxx e Tina Fey estão absolutamente fantásticos, realizando com maestria o ato de fazer o telespectador se importar com os dois principais personagens do filme.
Soul se destaca pelas reflexões
E entre tantos momentos de humor, a música preenche o espaço e funciona como a suave cobertura de um lindo bolo. Ao escolher um músico como protagonista, a Pixar entregou uma experiência agradabilíssima. a cereja desse bolo se manifesta ainda mais nas intensas reflexões que o filme promove. Alcançar um sonho é realmente momento de euforia ou pode não ser o que se esperava? Qual o propósito da vida, o sentido disso tudo? São perguntas que provocam, fazem a cabeça coçar e são muito bem-vindas.
Fica a sensação de que esta nova obra se posiciona como um dos melhores filmes da Pixar, não devendo em nada aos grandes títulos que lhe foram anteriores. A delicadeza em abordar os estágios que precedem e sucedem a vida, a estrutura visual de encher os olhos e o humor dos personagens são prova de um roteiro inspirado e uma construção certeira. Tudo é tão bonito que o filme passa como alguns pensam que a vida passa – em um piscar de olhos.
Por fim, Soul é um filme vibrante, como as animações da Pixar sempre foram. As risadas ecoarão e, provavelmente, as lágrimas virão também. O autoconhecimento de Joe fica como lição e temos, próximo do final, uma das cenas mais emocionantes de toda a história dos longas da companhia. Soul apresentou-se como um respiro, uma alegria ímpar no conturbado ano de 2020. A magia do filme supera a tela e, na passagem dos créditos, temos o entusiasmo de exclamar mentalmente: “eles fizeram de novo!”.
Cobra Kai entra em sua terceira temporada com chave de ouro trazendo crescimento pessoal, amizade e muito autocontrole como tema principal, sem deixar a nostalgia da franquia oitentista de lado.
Cobra Kai estreou em 2018 no YouTube Red, uma alternativa do site que não ficou muito conhecida, e foi ofuscada pelo brilho dos streamings já existentes, sendo assim, a série não ganhou tanta mídia, mas teve espaço na vida dos fãs da franquia Karatê Kid, o que acabou rendendo duas ótimas temporadas.
Já no início de 2020, o YouTube decidiu que não iria continuar com suas produções originais, o que não agradou os fãs da série e muito menos a produtora Sony, que no meio do ano acabou firmando um contrato com a Netflix e trazendo não só as duas temporadas para o streaming, como também renovando a série para a terceira e quarta temporada.
Cobra Kai já traz nostalgia em seu nome, mas não fica só nisso. Nas duas primeiras temporadas ela apresenta um novo olhar sobre o valentão do dojô, Johnny (William Zabka), que tenta trazer o nome “Cobra Kai” de volta das cinzas ao ajudar o vizinho Miguel (Xolo Maridueña) a enfrentar os problemas da adolescência com a ajuda do karatê. No meio do caminho também vemos o desenvolvimento pessoal e financeiro de Daniel Larusso (Ralph Macchio), que agora é um empresário do ramo de automóveis e que com o passar do tempo decide reabrir o antigo dojô-Miyagi, e ensinar tanto a sua filha Samantha (Mary Mouser) quanto o filho de Johnny, Robby (Tanner Buchanan).
Cobra Kai | Netflix
A rivalidade entre Johnny e Daniel é deixada de lado diversas vezes entre a primeira e segunda temporada, onde vemos os dois criando uma relação de amizade em alguns momentos, coisa que não acontece com os seus alunos, que acabam tomando as dores antigas e tentam passar um por cima do outro.
Mas tudo se agrava com a chegada do antigo Sensei e criador do Cobra Kai, John Kreese (Martin Kove), que traz um novo olhar sobre o karatê que Johnny pregava, fazendo com que o seus alunos tivessem raiva de seus oponentes, o que ocasionou no violento último episódio da segunda temporada, levando Miguel para o hospital.
Terceira temporada.
A terceira temporada já começa apresentando Johnny no fundo do poço – de novo -, os problemas estavam em sua volta, com o seu filho Robby foragido e Miguel em coma após ter sido jogado do segundo andar da escola durante uma briga. Todos esses problemas fazem com que Daniel, que tem um grande afeto pelo filho de Johnny, ir atrás do antigo rival para juntos encontrarem o garoto.
Cobra Kai | Netflix
Essa parceria dos dois dura exatos dois episódios, já que cada um acaba tendo que resolver problemas que são maiores do que manterem uma amizade. Com Miguel acordando do coma, Johnny decide se empenhar ao máximo para ajudar o garoto a voltar a andar, enquanto Daniel vai para o Japão tentar uma parceria com uma fabricante de automóveis.
Como já era de se esperar, a viagem de Daniel não foi por acaso. A volta ao país em que esteve nos anos oitenta trouxe grandes personagens de volta, como por exemplo, o seu grande rival Chozen (Yuji Okumoto) e sua paixão de adolescência Kumiko (Tamlyn Tomita).
Enquanto isso, a rivalidade dos dojôs e com Kreese comandando o Cobra Kai, a situação entre os adolescentes acaba se agravando, com “Falcão” (Jacob Bertrand) mostrando o seu pior lado e agindo com muita violência.
Cobra Kai | Netflix
Apesar da ausência de personagens como Aisha (Nichole Brown), a produção conseguiu dar a volta por cima ao apresentar novos personagens que agregam ainda mais na história, sem perder a essência. Além disso, Ali (Elisabeth Shue) dá o ar da graça e conta um pouco sobre a sua vida nessa nova temporada, momento esperado por muitos.
Cobra Kai chama a atenção por ser emocionante até mesmo em momentos em que a intenção não é essa, no final do primeiro episódio é feita uma homenagem ao ator Rob Garrison, que participou do primeiro filme da franquia e teve um episódio dedicado a sua história na segunda temporada. O ator acabou falecendo em setembro de 2019, o que foi o suficiente pra tirar boas lágrimas.
O ponto alto da terceira temporada é sem dúvida a volta de Daniel pra Okinawa, mostrando a evolução comercial da vila em que esteve nos anos 80, além de ser extremamente nostálgico e apresentar a origem do caratê da família Miyagi.
Cobra Kai | Netflix
Se engana quem diz que a série se sustenta somente com a nostalgia do público. A história da nova geração é tão interessante quanto a clássica. O novo olhar sobre a violência nas escolas e o desenvolvimento de cada personagem é a chave do sucesso da série.
Cobra Kai continua mantendo o nível de qualidade da sua produção, não deixa a desejar em absolutamente nada no quesito história e coerência. Mais uma vez, uma das maiores surpresas de 2020 e a minha torcida é para que a Netflix, junto da Sony, consiga trazer boas histórias para essa série, sem interferir com a memória e o carinho que temos pela franquia.
2020 foi um ano atípico para os fãs de filmes e séries mais assíduos. Mesmo com os cancelamentos rotineiros, tivemos um abalo na indústria audiovisual com a chegada da pandemia do novo coronavírus, que acarretou em diversos adiamentos e cancelamentos tanto no cinema quanto na TV. Ainda sem entender em qual dessas situações se aplica, fomos surpreendidos esse ano com o cancelamento de “O Mundo Sombrio de Sabrina“, que será finalizada em sua quarta parte; confirmado pela Netflix em meados desse ano.
Após um terceiro ano desastroso, os personagens de “O Mundo Sombrio de Sabrina” retornam para uma nova aventura, onde terão que lidar com as consequências dos atos de Sabrina Spellman (Kierna Shipka) retratados no final da terceira parte, além do caos causado pelo antagonista Faustus Blackwood (Richard Coyle).
Ao longo dos oito episódios da Parte 4, Os Terrores do Sobrenatural descem sobre Greendale. O coven deve lutar contra cada ameaça aterrorizante (O Estranho, O Retornado, A Escuridão, para citar alguns), tudo levando até O Vazio, que é o Fim de Todas as Coisas. Enquanto as bruxas travam uma guerra, com a ajuda do Clube do Medo (formado por Harvey, Roz, Theo e Robin), Nick começa a ganhar lentamente o seu caminho de volta ao coração de Sabrina.
O Mundo Sombrio de Sabrina – Parte 4 | Netflix
Já no começo dessa nova e última parte, somos introduzido ao início do fim dos tempos causado pela Escuridão em um excelente episódio repleto de suspense e terror, com direito a sustos e momentos de apreensão, mas a partir daí, bem no início de tudo, começa a descida desenfreada da ladeira. Já a partir do segundo episódio fica nítido a queda de qualidade do roteiro da série ao retratar os acontecimentos que culminarão no fim de tudo. A ameaça de cada entidade que pré-anuncia o vazio é retratada em um episódio por vez, cada uma mais poderosa que a outra, mas que no fim são destruídas através de soluções que os personagens tiram da manga de uma forma inexplicável, por pura conveniência do roteiro.
O responsável pela maioria das soluções para derrotar Os Terrores do Sobrenatural é Ambrose, que vem nessa nova leva de episódios como o personagem que vai narrar tudo aquilo que o expectador não vê em tela e trazer os planos mais absurdos e inexplicáveis. Além desse grande problema no roteiro, outro problema está em deixar a trama principal de lado para focar em subtramas dispensáveis, como por exemplo a de Theo (Lachlan Watson) e seu namorado Robin (Jonathan Whitesell), vermos o Harvey (Ross Lynch) passar por quase o mesmo que passou em temporadas anteriores. Até mesmo o romance entre Sabrina e Nick é exaustivo, sendo tudo aquilo que já vimos antes. A única coadjuvante que cresce aqui é a Roz (Jaz Sinclair), que vem em uma nova trama após uma descoberta que muda seus caminhos.
O Mundo Sombrio de Sabrina – Parte 4 | Netflix
Apesar de ocupar grande parte do antagonismo da última parte, o Padre Blackwood não desenvolve muito bem aqui, sendo praticamente indispensável, ao lado da Mary Wardwell, interpretada por Michelle Gomez, que diferente de Blackwood é totalmente dispensável e serve apenas de peso morto visual para o espectador. Em contrapartida, temos a outra personagem da atriz, Lilith, que ainda vem com certa relevância, mas também nem faz tanta diferença, assim como todo o núcleo do inferno, incluindo aquele que foi tão temido nas duas primeiras partes da série, Lúcifer Morningstar. A única exceção desse núcleo é a Sabrina 2.0.
Talvez o mais triste aqui é saber que finalmente quando temos Sabrina como dona e protagonista da sua própria série ela não terá mais nada do que mostrar. A personagem de Kierna Shipka desenvolve de forma mais aprofundada e deixa de ser que foi um dia: uma personagem apática, ofuscada e sem nenhuma força como protagonista. Apesar de ainda vermos a personagem ser mal aproveitada e indo contra seu amadurecimento em certos momentos, aqui quem finalmente brilha é ela, a verdadeira estrela do show.
O Mundo Sombrio de Sabrina – Parte 4 | Netflix
Ao fim da série temos a maior das surpresas – não muito boa. É possível ver claramente que de certa forma a história não está finalizada, deixando uma situação desconfortável de um adeus prematuro e a certeza de que a série foi cancelada por motivos de força maior desconhecido. E tudo ainda fica mais evidente quando há algum tempo tivemos a notícia de que a série estava planejada para cinco partes e que os fãs teriam a grata surpresa de um crossover com Riverdale, série dos mesmos criadores. Mas de acordo com algumas declarações do criador e showrunner da série, Roberto Aguirre-Sacasa, a história da série deve continuar em quadrinhos.
Apesar da quarta e última parte de “O Mundo Sombrio de Sabrina” ter sido um fiasco narrativo e mal roteirizado, ainda sim é possível tirar momentos divertidos do show, se assistido sem grandes intenções e expectativas, além de momentos nostálgicos para quem acompanhou a história da bruxinha na série clássica. No mais, a série que muito prometia quando foi anunciada, só se tornou mais uma para preencher o catálogo da Netflix e se tornar mais uma série esquecida e que não acrescentou em nada a cultura pop, diferente da série clássica.
Após oito anos de espera,Cyberpunk 2077está entre nós. O ambicioso projeto da polonesa CD Projekt Red entrega uma boa história, mas derrapa nas promessas não cumpridas e problemas técnicos. Confira a seguir a nossa crítica para o jogo, sem spoilers:
Em 2077, o mundo acentuou os problemas da atualidade: os danos causados ao meio-ambiente alcançaram um patamar ainda mais destrutivo e grande parte da população vive na miséria. Cyberpunk se passa em Night City, uma megalópole distópica, tecnológica e cruel onde as corporações são empresas ardilosas que ditam o ritmo de vida, explorando as pessoas de maneira pouco ética. As alternativas não são muito melhores: outras zonas da cidade são controladas por gangues violentas em um cenário de pouca esperança. Procurar a polícia está fora de questão: os agentes da lei são em maioria corruptos e nada confiáveis.
Nesse mundo, você é V, um mercenário que recebe um trabalho de alto risco. A missão consiste em roubar o Relic, um biochip que em tese teria o poder de dar imortalidade ao portador. O problema é o implante estar nas mãos da Arasaka, uma enorme corporação de Night City que não deixará qualquer desfeita barata.
O jogo se inicia com a escolha dos lifepaths, ou seja, os caminhos de vida que definem o passado de V. Há três opções: corporativo, marginal ou nômade. Embora cada rumo seja diferente, tudo deságua em um único começo pós-prólogo. As implicações dessa primeira decisão são mínimas, com algumas alterações nos diálogos, por exemplo. Isto pode decepcionar alguns jogadores, uma vez que limita o fator roleplay.
Após esta etapa, realizamos a personalização de V, podendo haver alteração de sexo, cor de pele, tatuagens etc. Embora mostre potencial, as opções são um tanto limitadas, não permitindo mudar peso e altura, por exemplo. A tão falada escolha de tipos de genital também parece mais um mero capricho, não tendo utilidade prática.
Falando de Night City como elemento da gameplay, a cidade não entrega tanto do seu potencial e do que foi anunciado pela CD. A cidade é inegavelmente impressionante na parte estética, com cada bairro tendo suas próprias características. Entretanto, a interatividade é pequena para o que Cyberpunk poderia entregar. Fliperamas não são operáveis, ambientes internos têm poucas opções e até a polícia opera de jeito estranho, aparecendo literalmente de nenhum lugar para punir delitos de V. Com certeza, o jogo não entrega uma revolução. Isto pode ser visto até mesmo na física, inferior a games da sétima geração de consoles como GTA V.
A história, ainda que seja em um nível superior a muitos jogos, não supera o enredo de The Witcher 3: Wild Hunt, o grande medalhão da CD. A aventura de Geralt possui um tom sério pincelado com irreverência em momentos oportunos. Em Cyberpunk, parece que esse equilíbrio se perde e temos um clima sombrio em maior quantidade. Em contrapartida a isso, a localização brasileira tem palavrões e memes exagerados, com referências que vão desde o ex-BBB Kléber Bambam até o humorista Sérgio Mallandro. Porém, de forma geral, o enredo de Cyberpunk é bom. Talvez o gênero cyberpunk pudesse ser melhor explorado e algumas decisões narrativas trocadas, mas o DNA da CD está lá.
De todo modo, as missões — principais ou secundárias — são muito interessantes e podem ser resolvidas de diversas formas — embora o resultado final não mude muito. Os personagens por vezes se comportam de maneira robótica, mas há como ficar imerso e realmente se importar com os dilemas dos habitantes de Night City. Para auxiliar na jornada de V, temos pontos de atributos e, dentro de cada uma dessas áreas, habilidades específicas. São adições bem-vindas e que permitem definir como V soluciona seus problemas.
Além disso, podemos modificar partes de nosso corpo em “medicânicos”, que nos dão desde olhos melhores até implantes subcutâneos e as temidas lâminas louva-a-deus. Cyberpunk 2077 também promove um sistema de hacking satisfatório responsável por desativar câmeras, distrair inimigos e muito mais. Elementos básicos como controlar carros e semáforos, presentes na franquia Watch Dogs, não têm lugar aqui, entretanto.
Muito se tem reclamado desde 2018 sobre o fato de Cyberpunk 2077 ter sido anunciado como um jogo em primeira pessoa. Quando se inicia a história de V, entendemos que a decisão foi a melhor: certas cenas funcionam muito melhor se as vermos a partir dos olhos do mercenário, facilitando a inclusão de detalhes e também aumentando a imersão. Falando de forma clara, o jogo com certeza perderia muito de sua essência se fosse construído em terceira pessoa.
Sobre a localização brasileira, ela é boa, arrancando boas risadas com a vasta inclusão de memes, como mencionado antes. O porém é que, como as referências aparecem em demasia, talvez os jogadores se cansem delas posteriormente. Alguns textos do tutorial não estão traduzidos e se encontram em polonês, dificultando o entendimento de mecânicas do jogo. Certas vozes também estão fora de tom, mas no geral a dublagem merece elogios – destaque para as vozes de V, Jackie e Johnny Silverhand.
Problemas técnicos minam o potencial de Cyberpunk 2077
A parte técnica de Cyberpunk é o grande calcanhar de Aquiles. Os NPCs não têm uma inteligência artificial aceitável e situações bizarras que pareceriam bugs à primeira vista se mostram como parte do código do jogo, como o já citado comportamento da polícia.
Atirar em uma rua fará os transeuntes correrem, mas é só girar a câmera para eles desaparecerem, como se nunca estivessem ali, de fato. Interromper o trânsito com V causará um efeito parecido: gire a câmera e o engarrafamento formado some em um passe de mágica. São questões prejudiciais que não podem ser ignoradas para um jogo que parecia ser o suprassumo do open-world dividindo um panteão específico com o já citado The Witcher 3 e Red Dead Redemption 2.
No PlayStation 5, o jogo corre a 60 fps na maior parte do tempo, mas ocasionalmente tem quedas para 40 ou 50. Não é um problema grave, mas é de se considerar visto que ainda não há versão next-gen (os atuais consoles topo de linha rodam as versões de PlayStation 4 e Xbox One por meio de retrocompatibilidade). Da mesma forma, a densidade dos NPCs é reduzida e isso tira um pouco o brilho de Night City. Bugs ocasionais ocorrem, desde paredes intangíveis até inimigos mortos que se mexem. Crashes também acontecem, prejudicando a experiência.
O resultado de tudo isso é um lançamento conturbado, para dizer o mínimo, e um jogo que abriu mão de muito potencial. A CD busca melhorar sua imagem com reembolsos e anúncios de atualizações para acalmar o público, mas é difícil negar que Cyberpunk seja uma grande frustração para quem esperava um mundo revolucionário, responsivo e orgânico.
Apesar dos problemas, Cyberpunk 2077 ainda é um jogo com vários trunfos, como a beleza de Night City, a individualidade das pessoas que V encontra e a quantidade de itens, atributos e modificações. A cidade é um grande playground com o escorregador quebrado, mas que, ainda assim, pode dar muitas horas de diversão e fazer o jogo figurar por um bom tempo na biblioteca dos amantes de RPG e do gênero cyberpunk.
O recomendável é que se espere que a CD realize as correções necessárias para só depois ter uma experiência polida embora, ao menos nas plataformas de nova geração e em PCs mais parrudos, seja possível desfrutar do jogo. De qualquer forma, independente do que acontecer daqui para frente, Cyberpunk 2077 é um dos maiores e mais ruidosos lançamentos de todos os tempos na indústria dos videogames. Mas será que isso vale quando a confiança no seu produto é completamente abalada? Esperamos que a CD continue com seus updates e se esforce para que Cyberpunk faça um pouco de jus ao hype. Por ora, o jogo está bom — mas apenas isso.
NOTA: 3/5
O console utilizado para avaliar o jogo foi um PlayStation 5.
Nova comédia romântica da Netflix “Amor Com Data Marcada” traz Emma Roberts selando um pacto de encontro marcado para todos os feriados existentes.
Com o Natal chegando, os solteiros já ficam imaginando o quão doido será ouvir aquela famosa pergunta : e os namoradinhos (as)? Pra fugir dessa pergunta, Emma Roberts encontrou uma solução que caberia para muita gente.
Sloane (Emma Roberts) é a típica mulher bem resolvida com o trabalho mas que deixa a desejar em sua vida amorosa -pelo menos é o que a família dela acha-. Tudo muda após a sua tia levar o “Ferigato” ( um encontro só para os feriados) para a ceia de Natal.
Do outro lado do país, Jackson (Luke Bracey) se mete numa furada ao ser levado para a ceia de Natal da mulher com quem está saindo há apenas dois dias, criando expectativas tanto nela quanto na família que é um tanto quanto fora da caixinha.
Amor Com Data Marcada | Netflix
Como uma boa comédia romântica, Jackson e Sloane acabam se conhecendo e comentando sobre a tragédia que é suas vidas amorosas, selando um pacto de que para não entrarem mais em sais justas, seriam o ferigato um do outro.
A premissa já deixa claro tudo o que vai acontecer no decorrer do filme, mas como eu curto bastante essas comédias românticas extremamente previsíveis que ainda conseguem tirar uma lágrima da gente, essa tá valendo.
Apesar de conter muitos esteriótipos que acabam baixando a qualidade da história, ela consegue se manter pelo carisma e química da Emma e do Luke, e de seus personagens.O longa é debochado e divertido em todas as suas fases, e consegue chamar a atenção com as situações estranhas e de vergonha alheia que acontecem durante os feriados.
Um erro grotesco cometido na produção e a forçação de barra ao tentar introduzir os atores coadjuvantes na história sem ao menos um gatilho que faça sentido, deixando de lado todo o talento que poderia ser explorado das atrizes Frances Fisher, Kristin Chenoweth, Jessica Capshaw e Cynthy Wu.
Amor Com Data Marcada | Netflix
Mas com tantos erros, o longa não deixa de agradar aqueles que adoram ver o amor alheio na telona, é o típico confort filme com todo mundo deve ter.
Amor Com Data Marcada não foge dos clichês, mas faz isso de uma forma diferente, com um tom divertido sem soar cafona e realmente faz um filme afiado e uma grata surpresa. O texto de Paulsen os abraça, tira sarro, e faz chacota com eles, e sabe os usar de boa uma maneira mesmo que não entregue nada de novo e para mim está tudo certo.
Sequência direta do longa de Clay Kaytis, “Crônicas de Natal: Parte 2” serve uma nova porção do espírito natalino que conquistou o coração do grande público em 2018. Dirigido por Chris Columbus, o conto fantasioso da Netflix traz Kurt Russel e Goldie Hawn em uma nova aventura encantadora e emocionante, ainda que distante da original.
Em “Crônicas de Natal: Parte 2“, dois anos se passaram desde que Kate (Darby Camp) e Teddy Pierce (Judah Lewis) ajudaram o Papai Noel a salvar a noite de Natal pela primeira vez. Agora mais velhos, eles deixam a sua casa em Massachussets e viajam para Cancun a fim de celebrar o feriado com a sua mãe e o seu novo namorado.
No entanto, no auge de sua adolescência, Kate reluta em aceitar o relacionamento dos dois e decide fugir de volta para casa. Quando a jovem escapa, o misterioso Belsnickel (Julian Dennison) a engana para usá-la como forma de invadir o Polo Norte. Dessa forma, adentrando os domínios de Noel, ele rouba a Estrela do Natal e ameaça destruir o futuro da festividade, de modo que Kate e seu meio-irmão são forçados a embarcar em mais uma aventura com o Papai Noel (Kurt Russell) e salvar o Natal.
Crônicas de Natal: Parte 2 / Netflix
“Crônicas de Natal: Parte 2“, lançado pela Netflix no dia 25 de novembro de 2020, aprofunda a mitologia natalina apresentada no longa original. Apostando em uma narrativa recheada de clichês do gênero, a produção carrega o espectador por uma trama agradável e surpreendente envolvendo a Vila do Papai Noel, a magia élfica e todo o processo da noite de Natal. Por conseguinte, além da construção detalhada ao entorno do espírito festivo, o longa ainda conta com adições pontuais no elenco, apresentando novos personagens carismáticos e bem desenvolvidos que contribuem para a atmosfera alegre de festas e cativam a atenção do público.
Protagonizado novamente por Kurt Russel, “The Christmas Chronicles 2” dispõe de Goldie Hawn no papel de Mamãe Noel. Confortável no personagem, Hawn é uma surpresa encantadora. No entanto, assim como o vilão Belsnickel – que insiste em ser inofensivo -, ela tem o seu potencial desperdiçado. Afogada em um arco monótono, a sua performance é resumida a biscoitos assados e lições de moral. Nesse sentido, longe do cenário ideal, seus melhores momentos ocorrem quando em comunhão com o Papai Noel. Casados na vida real, Kurt e Hawn têm uma química notável e carregam nas costas todo o charme do filme.
Crônicas de Natal: Parte 2 / Netflix
“Crônicas de Natal: Parte 2“, finalmente, se distancia de seu antecessor e embarca na tentativa de entregar um universo natalino mais amplo e complexo. Entretenimento familiar, o lançamento da Netflix tem bons momentos e consegue divertir e emocionar o espectador. Contudo, apesar de seus acertos, o longa de Chris Columbus não agrada tanto quanto o original. Perdendo o brilho à medida que avança, o filme opta mais por um espetáculo colorido do que pelo toque inspirado que tornou a primeira parte tão especial.
Apostando no clima natalino, a líder dos streamings faz de Missão Presente de Natal uma reflexão sobre abnegação, enquanto conta uma história que utiliza a velha cartilha do “eles brigam tanto que isso acabará em namoro“.
O lado apaixonado do natal, sistematicamente, fica ao encargo das comédias românticas que se propõem a contar uma história de amor ambientada no clima natalino. A maioria desses filmes optam, no entanto, em deixar a data como um pano de fundo, ou como um elemento de relevância passageira. Mas, a Netflix fez um pouquinho diferente em Missão Presente de Natal: nada de neve, grossos casacos ou Nova York! O longa concede ao Natal uma importância a nível de protagonista, baseando-se numa ação humanitário verídica para discutir o poder da empatia, e como o “pouco” pode significar “muito” para algumas pessoas.
Sobre Missão Presente de Natal:
Buscando ser promovida, Erica Miller, uma assistente parlamentar, viaja para uma base aérea no Pacífico a pedido de sua chefe, furando o Natal com sua família. No local, ela precisa decidir se a base será fechada para corte de custos ou não.
Missão Presente de Natal / Netflix
O nascimento do amor entre duas pessoas tem sido contado desde os primórdios do cinema. Não tardou para que a Sétima Arte buscasse inspiração teatral e levasse para as telas as comédias românticas. No decorrer das décadas de 1990 e 2000, esse gênero criou longas que até hoje permanecem na mente de muitos como 10 Coisas que Eu Odeio em Você, Como Perder Um Homem Em 10 Dias, Um Lugar Chamado Notting Hill e Uma Linda Mulher. Quem tem abocanhado uma boa fatia desse nicho é a Netflix. Com frequência, a empresa investe nessa receita, usando um ingrediente indispensável: o clichê.
A Barraca do Beijo e Para Todos os Garotos que Já Amei são filmes que surgiram dessa empreitada e conquistaram um público fiel. Já, o filme em questão, Missão Presente de Natal, está alocado em uma categoria especial: comédia romântica natalina.
O diretor Martin Wood transforma o choque de realidade em combustível para construir a relação entre os protagonistas. Ainda que sua mão direcione a relação dos personagens para algo mais simples, sua intenção é dividir o tempo de tela entre o casal que se apaixonará e uma singela homenagem a operação natalina que o Departamento de Defesa dos EUA faz desde 1952; entregando suprimentos essenciais para os moradores de ilhas remotas. Logo, Wood usa modestamente seus 90 minutos para explorar esse romance de natal e mostrar alguns heróis da vida real.
Missão Presente de Natal / Netflix
Erica, vivida por Kat Graham (a inesquecível bruxa Bonnie, personagem da série Diários de um Vampiro), é a pessoa de fora que chega como uma “ameaça”. A atriz se sai bem quando depende do carisma, mas é mal explorada no quesito drama, culpa do roteiro que apresenta um conflito inicial interessante, resolvido mais tarde nos “quarenta e cinco do segundo tempo” de forma preguiçosa. Nada que afete a história ao extremo, todavia pode incomodar aqueles que esperavam algo nesse quesito, uma falha recorrente em filmes românticos da Netflix.
Alexander Ludwig, conhecido por dar vida ao Björn na série televisiva Vikings, vive o “mocinho”, conhecido como Capitão Andrew. Seu papel é o que mais abraça o lado cômico, misturando ironia e charme sem temer as consequências. Ludwig também transforma seu carisma em um pilar para tornar sua jornada algo que desperte nessa curiosidade. Diferente da sua colega de elenco, ele consegue mais tempo para expor as nuances de seu personagem, expondo um lado dramático equilibrado com o tom do filme.
Missão Presente de Natal / Netflix
Ambos, Alexander e Kat, conseguem fazer um bom trabalho como dupla, mas a química entre eles não é potente a todo momento. Quando estão separados, trocando olhares, sorrisos ou expressões indecifráveis, eles não funcionam. Em contrapartida, quando os dois estão juntos, trocando farpas e fazendo bom uso dos diálogos, a interação cresce e a química do casal convence. A beleza singela desse relacionamento é que o amor deles evolui, criando laços com a missão humanitária. Outros reflexos do amor ganham espaço no enredo: o amor ao próximo, o amor a família, o amor a profissão e o amor as raízes.
Há uma avalanche de acontecimentos previsíveis, de fato, e você pode comprar ou não as reações de personagens coadjuvantes. Missão Presente de Natal da Netflix é como aquele embrulho enfeitado com esmero que fica abaixo da árvore natalina, cujo conteúdo reforça as ramificações do amor e a prática da empatia. Em suma, é uma comédia romântica com boas intenções e uma premissa requentada, porém necessária.
O saldo positivo em Missão Presente de Natal também é justificado na ambientação de uma história que foge do frio urbano nova-iorquino que permeia boa partes das comédias românticas. O clima quente, com praias e paisagens litorâneas traz um ar de familiaridade para nós, que estamos acostumados com um Natal que flerta com o Verão.
Missão Presente de Natal / Netflix
Enfim, ainda que entregue uma história de namoro passageiro, Missão Presente de Natal funciona ao fixar sua mensagem positiva na mente do telespectador. No desfecho, quando a edição nos brinda com uma pequena amostra da história real que inspirou este filme, somos inspirados a pensar no próximo.
Recheando a tela com os efeitos gerados pela corrente do bem, o filme da Netflix presta continência a abnegação. Além disso, reforça um conhecido provérbio popular: “Fazer bem e não olhar a quem“. Incentivar gestos altruístas é uma ação que merece exaltação.
Spider-Man: Miles Morales foi lançado no dia 12 de novembro para PlayStation 4 e PlayStation 5como uma grata surpresa para os fãs do Homem-Aranha e de Miles, protagonista do jogo. O novo capítulo do universo do aracnídeo produzido pela Insomniac é extasiante e, por mais que seja curto, tem muitos méritos.
O standalone se inicia um ano após os eventos de Marvel’s Spider-Man. Miles e sua mãe, Rio, se mudaram para o Harlem e o jovem está aprendendo com Peter Parker a ser um novo Homem-Aranha. Depois de um prólogo frenético, Peter anuncia que irá viajar a trabalho com Mary Jane e precisará que Miles cuide da cidade sem seu auxílio enquanto isso.
O adolescente fica receoso, mas aos poucos aceita a responsabilidade de não estar mais sob a tutela do seu mentor. Felizmente, o rapaz conta com o apoio de seu colega Gank Lee e de Danika Hart, criadora do podcast Danikast. Também, para a sorte de Miles, há mais poderes à sua disposição: bioeletricidade (chamada de Venom) e camuflagem.
Muito além das habilidades sobre-humanas, entretanto, Miles prova ser digno de ser um herói com sua inteligência, altruísmo e responsabilidade. Ao mesmo tempo, o personagem é extremamente carismático, o que facilita com que o público se identifique e não faça comparações desnecessárias com Peter. Miles não é um simples Homem-Aranha genérico, sendo a representação do Harlem. Mesmo assim, obviamente sua área não é restrita ao bairro e toda Manhattan está livre para explorar e fazer missões ou obter colecionáveis.
A trama é interessante, embora tropece em alguns quesitos. Fica a sensação de que vários temas foram abordados de forma um tanto superficial. A causa disso não são os roteiristas, e sim a duração do jogo em si (entre 5 e 7 horas). Dá para perceber uma certa correria com a história, em parte porque este é um jogo menor e para poder manter a janela de lançamento junto com a chegada do PlayStation 5. Felizmente, há diversas atividades e missões secundárias que aumentam a vida útil do jogo, além do NG+ que desbloqueia um novo traje e habilidades. No total, cerca de vinte horas devem ser o suficiente para platinar o game.
Apesar da história curta, há grandes momentos (destaque para a vilã Tinkerer). Já Simon Krieger, dono da Roxxon, é um vilão genérico com pouco a mostrar, mas que cumpre seu papel como antagonista primário. Importante frisar que o enredo brilha em fazer o público entender os dilemas pessoais de Miles e a importância do novo Homem-Aranha para a sua comunidade. Algo que também merece destaque são as diversas referências tanto ao primeiro jogo quanto ao universo da Marvel, desde os capangas do Sr. Negativo até o Mjolnir. No geral, a história é boa e apresenta o início da carreira de Miles como herói de forma competente.
Marvel’s Spider-Man: Miles Morales tem jogabilidade aperfeiçoada
Na jogabilidade, há muitos pontos positivos. Balançar-se por Nova York está ainda melhor, com novas acrobacias aéreas e movimentos únicos. A identidade de Miles está em vários pequenos detalhes, como nos trajes e finalizações, também. Seus poderes específicos(principalmente o Venom) são excepcionais e você vê que há uma diferença entre jogar com Miles ou com Peter, já que o Aranha original usa mais as teias.
Somam-se a isso os novos apetrechos como o dispositivo de gravidade, minas elétricas e até hologramas. O stealth ainda precisa melhorar, mas supera em muito o disponível no Spider-Man original e, aqui, podemos acabar com bases inteiras de inimigos silenciosamente.
Nos aspectos técnicos, há bem mais quantidade de partículas e inimigos em tela do que no jogo anterior. Os detalhes nos uniformes e efeitos são visíveis e jogar a 60 fps leva a experiência a outro nível. O ray-tracing funciona muito bem e traz uma diferença notável. Ver o reflexo do Homem-Aranha e das ruas de forma fidedigna nos prédios é um marco e tanto para os jogos do teioso e um excelente feito da Insomniac. E, para quem não se importa de jogar a 4k dinâmico, há o modo 60fps + RT, o que é impressionante e abre boas possibilidades para o futuro.
A tradução para o Brasil é muito boa e segue o padrão de exclusivos da Sony, com localização completa e dublagem. Diferente do primeiro jogo, aqui não aparecem nova-iorquinos falando em inglês ao fundo, o que auxilia na imersão. Entretanto, a falta de tradução das alcunhas dos personagens continua (como Spider-Man, Tinkerer e outros). Outro ponto negativo é a mudança do dublador de J. Jonah Jameson, interpretado brilhantemente por Mauro Ramos em Marvel’s Spider-Man.
No geral, Marvel’s Spider-Man: Miles Morales é muito divertido e conta uma boa história, embora esbarre em alguns clichês e tenha que acelerar o enredo pela duração do game. Para os fãs do herói, é um prato cheio. E, ah, temos uma cena pós-créditos!
Nota: 4/5
O console utilizado para avaliaro jogo foi um PlayStation 5.
Vanessa Hudgens vive três papéis em continuação da produção original Netflix A Princesa e a Plebeia: Nova Aventura.
Na continuação do filme lançado em 2018, A Princesa e a Plebeia: Nova Aventura traz grandes desafios para a atriz ao ter que interpretar três papéis, quanto pro público para conseguir assistir até o fim.
Em A Princesa e a Plebeia: Nova Aventura, quando a Duquesa Margaret (Vanessa Hudgens) herda inesperadamente o trono de Montenaro e passa por uma fase difícil com o namorado Kevin (Nick Sagar), cabe a sua sósia, a Princesa Stacy de Belgravia ( Vanessa Hudgens) reunir o casal novamente.
Mas com se já não bastasse as duas serem extremamente parecidas, a presença da prima de Margaret, Fiona (Vanessa Hudgens), causa um alvoroço por ser a terceira cópia perfeita e cheia de ambições, sendo uma delas roubar o trono da prima e recuperar todo o dinheiro perdido.
A Princesa e a Plebeia: Nova Aventura | Netflix
Mais clichê que isso, impossível. Assim como o primeiro filme, fica óbvio o fim que vai levar a comédia romântica dirigida por Michael Rohl, o que é péssimo por aqui desse o elemento surpresa e manter o público interessado.
Infelizmente, interesse do público está em falta quando falamos deste filme, apesar de ser um leve entretenimento, fica extremamente difícil de acompanhar a história, principalmente com a personagem Fiona ser muito exagerada em tudo que faz.
A Princesa e a Plebeia: Nova Aventura é fraco em vários quesitos, com personagens caricatos é uma história chata que parece que não tem fim, acabou com as minhas expectativas, além de achar que a história inicial pudesse ter sido mais explorada no segundo filme, ao invés da introdução de uma nova personagem e uma nova história sem pé nem cabeça.
A Princesa e a Plebeia: Nova Aventura | Netflix
O ponto alto do filme continua sendo a atriz Vanessa Hudgens, que precisa interpretar não duas, mas três personagens idênticas. Alterando sotaques, roupas e personalidade, a produção megalomaníaca cria uma trama difícil de acreditar, considerando a probabilidade lógica de três pessoas serem exatamente iguais e habitarem a mesma região do mundo.
A química do elenco também não fica pra traz, talvez seja isso que faça com que o telespectador aguente o filme inteiro de ladainhas apenas pelo carisma dos atores.
Por fim, a fórmula do sucesso só acontece uma vez, o filme pode se tornar decepcionante se você assistir cheio de expectativas, e por mais que tenta, não consegue trazer o espírito natalino a tona.
Vanessa Hudgens estrela filme natalino da Netflix A Princesa e a Plebeia atuando em dois papéis diferentes e super carismáticos.
É comum encontrarmos filmes onde pessoas parecidas trocam de lugar para abrirem o seu leque de experiências estranhas durante a vida, ou até mesmo pra fugir da vida pacata que levam.
Em A Princesa e a Plebeia, Satcy (Vanessa Hudgens) é uma ótima padeira de Chicago, que vai para um pequeno reino chamado Belgravia para uma competição no ramo de confeitaria. Em seu primeiro dia, Stacy acaba conhecendo Margaret (Vanessa Hudgens), a duquesa de Montenaro que é idêntica a ela, e que está prestes a se casar com o rei que mal conhece.
Em uma conversa, a duquesa propõe uma troca de papéis até a véspera de Natal, para que enquanto ela aproveitasse a vida simples de uma cidadã normal com os amigos e família, a jovem padeira passaria a assumir as atividades reais.
A Princesa e a Plebeia | Netflix
A premissa do filme já implica quebras duas não terão facilidades ao trocar de lugar, e é isso que instiga o público a ver até o final a saga das duas mulheres que são completamente parecidas sem ao menos ter um grau de parentesco.
Apesar do roteiro ser bem provável e já ter sido usado diversas vezes tanto em filmes quanto nas animações, não podemos deixar de citar que A Princesa e a Plebeia do streaming avança na frente com o completo carisma da atriz Vanessa Hudges e do elenco que, apesar de não ter nomes tão conhecidos, ainda assim ganha o público.
Mas nem tudo são flores para este filme, apesar de ser um filme com temática natalina, o Natal mesmo só é lembrado em um momento pontual, talvez deixando a desejar pra quem estava à espera de algo mágico e que fosse memorável.
A Princesa e a Plebeia | Netflix
E além disso, o clichê é extremamente presente, deixando o filme completamente previsível desde o começo, é o típico filme pra assistir somente por diversão.
Por fim, A Princesa e a Plebeia não se destaca, não surpreende mas também não desanima no decorrer do filme, é uma produção leve e que teve destaque no streaming, mas que não passa apenas de um simples filme clichê.
A Guerreira de Themyscira, uma das pontas essenciais na composição da “Trindade” da DC, é um legado da Cultura Pop e isso é um fato. Honrando essa herança, Gal Gadot e Patty Jenkins nos cativam mais uma vez. Mulher-Maravilha 1984 é o filme mais humano do Universo Estendido DC, feito com muito coração e ternura.
No passado não tão distante, o mundo dos heróis projetado na tela do cinema foi assombrado por uma infame hesitação: fazer ou não fazer filmes solos protagonizados por mulheres? Em mais de cinquenta anos, apenas cinco longas foram protagonizados por super-heroínas. Na ponta do lápis, quando o cálculo é feito, a discrepância é gritante! Supergirl (1984), Mulher-Gato e Elektra, filmes que não agradaram o público e a crítica, tornaram-se justificativa para a incerteza dos produtores e dos estúdios. Mas, em 2017, Patty Jenkins mudou esse cenário com Mulher-Maravilha. Três anos depois, a continuação — Mulher-Maravilha 1984 — é entregue ao público.
Nesse meio tempo, a casa concorrente da DC também brindou os fãs com uma estrutura similar em Capitã Marvel. Talvez, Jenkins não soubesse, mas seu trabalho impactou a indústria. Não demorou muito para que Mulher-Maravilha se transformasse em um “farol”, iluminando um novo caminho para as super-heroínas, derrotando de uma vez por todas esse grotesco vilão chamado Hesitação. Toda essa trajetória gerou uma das sequências mais sublimes. Mulher-Maravilha 1984 é um show visual e uma explosão de positividade. Super-força? Não! O verdadeiro dom desse filme é a boa e velha Esperança.
Mulher-Maravilha 1984 / Warner Bros.
Sinopse Mulher-Maravilha 1984:
Diana trabalha no museu Smithsonian, como arqueóloga, podendo ser a heroína mais forte do mundo. Em 1984, ela está diante de um perigo mortal, fruto da conspiração feita pelo empresário Max, que canta alto para satisfazer os desejos das pessoas, e uma inimiga misteriosa, a Mulher-Leopardo.
A princípio, sensibilidade e força podem soar como conceitos que estão em lados diferentes, compartilhando apenas a distância que existe entre eles. Dois fatores que, quando combinados, constroem um pano de fundo rico, criando tanto uma abertura para que as falhas e as fraquezas de um herói sejam mostradas, quanto a sua “volta por cima” e como ele lida com fracassos e perdas. Se no primeiro longa Patty Jenkins fundiu esses dois elementos, pintando uma protagonista que conquistou o público, dessa vez ela eleva o nível sem perder a mão, inserindo a Princesa Diana em um estágio diferente de sua vida como heroína e como membro de uma sociedade em ascensão.
Não há apelo ou apego a ação desenfreada, o que não significa que tais cenas fiquem em segundo plano, aquém do esperado. Muito pelo contrário, os momentos enérgicos do roteiro são de extrema qualidade, colocando a heroína em situações distintas, para que seus poderes sejam explorados por outra perspectiva. A principal escolha do filme, contudo, está no aprofundamento da personagem, na sua relação com o mundo, com o luto e com as pessoas ao seu redor. O desenvolvimento é mais rico, tomando boa parte da projeção, aproximando-nos mais da Mulher Maravilha.
Mulher-Maravilha 1984 / Warner Bros.
Em vários momentos, provavelmente sem perceber, você notará um sorriso no seu rosto, perceberá que seus olhos estão marejados e sentirá um abraço “indireto”; é como se os diálogos e os olhares fossem dedicados, especialmente, a você! Tudo isso está no pacote de otimismo, que nada mais é que um presente encantador que Mulher-Maravilha 1984 oferece. A alma do filme é tão palpável, tão real, que nos tornamos espelhos dessa aura radiante; o coração que Patty Jenkins colocou no roteiro é uma força motora que contagia. É impossível sair da sala do cinema e não se sentir perseverante.
Em tempos que a nossa realidade é tomado por adversidades que alimentam o pessimismo, gerando preocupação contínua e temores, correr para os braços da Sétima Arte significa buscar um refúgio. E Mulher-Maravilha 1984 chega para salvar o dia, a semana e o mês de muitos, estendendo uma mão de boas vibrações, desfazendo esse peso generalizado que torna nossa rotina um mundo monocromático.
Mulher-Maravilha 1984 / Warner Bros.
Ao longo de Mulher-Maravilha 1984 a fusão entre ser forte e ser sensível é compartilhado com outros setores do filme. A fotografia é uma explosão de cores vivas, evidenciando a naturalidade dos ambientes urbanos e a beleza utópica que rege a Ilha de Themyscira. Os enquadramentos são majestosos, captando um mundo real e fantasioso ao mesmo tempo. Já a trilha de Hans Zimmer, mais uma vez, gera boas doses de energia, coragem e solidariedade. As batidas frenéticas ainda possuem a vitalidade de um grito de guerra, capaz de arrepiar e tocar o lado emocional do espectador. As cenas dramáticas não ficam de fora, sendo embaladas por notas cuja missão é maravilhar o nosso “eu” interior.
Chris Pine, Gal Gadot, Kristen Wiig e Pedro Pascal formam o time na frente das câmeras, cada um deles tem a sua própria “escada” e precisam subir um passo de cada vez, enfrentando conflitos e dilemas. Fazendo disso seu ponto forte, o roteiro investe no desenvolvimento desse quarteto, contando histórias distintas que vão se emaranhando numa teia de ação e reação. O ponto de chegada para cada um desses personagens é uma questão que desperta nossa curiosidade, mas é a caminhada até lá que importa.
Mulher-Maravilha 1984 / Warner Bros.
A frase a seguir pode soar clichê, porém não há melhor definição para o trabalho dela. Gal Gadot nasceu para viver a Mulher-Maravilha, e isso é incontestável. Poderosa na atuação, a atriz se entrega para o papel, assumindo esse manto com mais garra, provando que a força de sua personagem não é quando ela está com os punhos erguidos, mas quando ela utiliza o poder do diálogo para enfrentar seus inimigos. Chris Pine é uma surpresa que os trailers deveriam ter mantido em segredo, mas tudo bem. É engraçado observar que dessa vez é ele quem precisa de um “guia” para compreender as mudanças sociais e tecnológicas que aconteceram em sua ausência. A química entre ambos permanece firme.
Kristen Wiig, intérprete da Dr. Barbara Minerva, sai de um ponto e vai para o extremo oposto, subindo um degrau de cada vez. A atriz utiliza sua veia cômica com naturalidade e ao longo da sua transformação vivenciamos as nuances de sua personalidade, moldada por ambição, desejo e sede por mudança. Wiig domina a fera, assinando um trabalho marcante.
Mulher-Maravilha 1984 / Warner Bros.
Já o Max Lord, de Pedro Pascal, é uma incógnita dentro de uma equação complexa, desafiando-nos a resolve-la. O ator utiliza o charme de seu personagem, alimentando a visão que temos sobre ele. Consequentemente, acontece uma desconstrução e ele se transfigura noutra pessoa. Nem é preciso uma mudança drástica de visual para notarmos isso, pois Pascal mergulha fundo na psique do personagem, nos brindando com um vilão humano e convincente.
Existe um quinto personagem crucial para a história e “ele” magnetiza todos os holofotes para si diversas vezes: o ano 1984. Extremamente importante para o roteiro, a década de oitenta não é só uma fachada; há uma combinação perfeita entre os dois lados da moeda dessa data. Na prática, somos transportados e isso é resultado do figurino colorido, da ambientação fidedigna, da trilha e da representação midiática daquela época. Se por um lado a beleza de 1984 é enaltecida, em contrapartida a fealdade é patenteada. Não é só de aclamação ao período “oitentista” que vive Mulher-Maravilha 1984. Questões sociopolíticas que envolvem paranoia global e politicagem também encontram espaço no enredo.
Mulher-Maravilha 1984 / Warner Bros.
Você pode até pensar que está preparado para este filme, mas o seu coração não tem ideia do que está por vir! Mulher-Maravilha 1984 é uma chama de esperança, incendiando aquele resquício de heroicidade que habita o nosso ser, transformando-o em uma labareda. É um resgate daquele velho sentimento acerca do heroísmo. Cheio de vida, a nova fase da Guerreira de Themyscira vem para fincar sua bandeira no solo sagrado destinado somente as melhores sequências.
Em resumo, Mulher-Maravilha 1984 tem um propósito nobre: bombear vida para a fonte de inspiração que um herói, nesse caso heroína, tem para oferecer ao mundo.
Se tem uma mistura que dá muito certo nessa época do ano é a combinação entre fantasia e musical. Dito isso, Uma Invenção de Natal é o presente mais bonito que a Netflix deu para seus assinantes.
O Natal é uma data comemorativa que fabrica um grande número de filmes temáticos. Por conta disso, dezembro tornou-se palco para obras cinematográficas que desenvolvem histórias ou com um pé na premissa natalina ou com o corpo inteiro mergulhado nessa data tão especial. Todo mundo tem uma “árvore de recordações” decorada com longas que assumem essa personalidade, direta e indiretamente, e passamos boa parte da nossa infância e adolescência enfeitando, metaforicamente, os galhos. Esqueceram de Mim, Harry Potter e O Grinch são alguns símbolos fílmicos que ilustram esse relação do Cinema natalino com o público.
Determinada a encontrar um espacinho nessa “árvore de lembranças”, a Netflixtem se dedicado a investir em narrativas sazonais e Uma Invenção de Natal é o filme mais “Jingle Bells” dos últimos anos.
Uma Invenção de Natal / Netflix
Sobre Uma Invenção de Natal:
O filme acompanha o fabricante de brinquedos Jeronicus Jangle e sua neta Journey, que são responsáveis por invenções fantásticas que dão origem a peças excêntricas e magníficas. Quando sua mais preciosa criação é roubada por seu aprendiz de confiança, a traição deixa Jeronicus improdutivo e recluso, cabendo a sua neta criar uma mágica invenção para salvar o Natal.
Se 2020 fosse um filme com certeza seria alguma mistura de terror com ficção científica e algumas pinceladas de drama histórico. Por isso, uma trama que escape da rigidez e do realismo mundano é mais que bem-vinda. Filmes sobre o Natal confortam, emocionam e divertem (a grande maioria, pelo menos). Logo, fica difícil isolar alguns clichês na hora de contar histórias, porém, há aqueles que se arriscam e fazem das fórmulas batidas um importante componente dentro da narrativa. E David E. Talbert é esse cara! Com um senso estético que transforma cada momento em um frame lúdico e belo, sua direção é como o “pó de pirlimpimpim“, nos transportando para um mundo visualmente maravilhoso.
Cada segundo nessa dimensão criada por Talbert é um convite para experimentarmos uma jornada miraculosa sobre o amor e os laços que envolvem relacionamentos de família e de amizade. Uma Invenção de Natal é a típica jornada sobre o abandono da esperança, da gentileza e dos próprios sonhos. E a partir dessa ruptura com a felicidade mostrará o renascimento de um personagem que passará a redescobrir a magia que existe na perseverança, na simpatia e no cultivo de desejos utópicos.
Uma Invenção de Natal / Netflix
A direção feito pelo cineasta é um farol bem intencionado, disposto a mirar o caminho rumo a estrada dos Tijolos Amarelos. Para aqueles que se perderam desse caminho, o longa é uma mão estendida para sonharmos de novo. A mensagem de Natal é passada com muito carinho e isso é acolhedor.
Se existisse um amigo oculto entre todos os serviços de streamings, Uma Invenção de Natal seria o presente mais adorável que a Dona Netflix poderia oferecer! E o mais especial nesse presente é que ele possui múltiplas facetas. Se você ama musicais esse filme é para você. Se os longas de fantasia são o seu ponto fraco esse filme também é para você. Se o Natal é sua data favorita de todo o ano, aqui está uma película que demonstra todo o seu amor por gorros vermelhos, piscas-piscas e embrulhos delicados que ficam embaixo de pinheiros enfeitados. Uma ode ao espírito natalino de aproximadamente duas horas com direito a brinquedos falantes, invenções quiméricas e muita luz.
Indo além, olhando para fora, o filme é um marco quando o assunto é representatividade negra. Eu mesmo não consigo lembrar de filmes natalinos que tiveram grande parte do elenco composto por artistas negros (na frente e atrás das câmeras). Acredito que não seja exagero afirmar que Uma Invenção de Natal é para a Netflix o que Pantera Negra foi para a Marvel.
Uma Invenção de Natal / Netflix
Capaz de conduzir adultos e crianças por um mundo de fantasia, o filme conta com um excelente trabalho feito pela equipe de Direção de Arte. As casas que possuem uma arquitetura hipnotizante são como “Gingerbread house” — aquela típica casinha feita com biscoitos e balas, que lembra muito a residência da bruxa em João e Maria. No entanto, diferente do conto assustador, as casas de Uma Invenção de Natal parecem saídas de um livro infantil com o simples propósito de maravilhar.
O mesmo vale para o figurino, vestindo todos com cores fortes que refletem o estado emocional de cada um. É mais um exemplo de como a composição visual conta uma narrativa que manifesta o perfil psicológico dos personagens.
Forest Whitaker (ganhador do Oscar pelo filme O Último Rei da Escócia) dá asas para o protagonista. Sua interpretação desperta ora nosso carinho, ora nossa desaprovação. Tal contraste é colocado com muita sensibilidade no personagem Jeronicus, construído no começo do filme como um sonhador (através da performance de Justin Cornwel), e potencializado no desenvolvimento e no desfecho pela singela atuação de Whitaker. Quem também brilha é a pequena Madalen Mills, a atriz mirim dá um show na hora de cantar, atuar e dançar.
Uma Invenção de Natal / Netflix
Keegan-Michael Key (conhecido pelo seu trabalho com Jordan Peele em “Key and Peele“, programa de comédia) é o vilão moldado pelas adversidades. Keegan já entra em cena como se estivesse no primeiro ato de um espetáculo de teatro, atestando que seu talento é versátil. Agora, quem consegue contagiar sem nem ao menos “aparecer”, fisicamente, é o ator e cantor Ricky Martin. Aqui, o astro porto-riquenho empresta sua voz para dar vida, alma e muita personalidade para o boneco vivo chamado Don Juan Diego.
Vale ressaltar o incrível trabalho de adaptação feito pelos profissionais que dublaram este filme, mas no momento que os créditos finais subirem volte algumas cenas e reveja as canções no idioma original; é surreal! Em alternativa, se a sua preferência é ver filmes legendados, fazer o caminho inverso é uma ótima oportunidade de ver como a dublagem brasileira consegue inovar em musicais.
As canções de Uma Invenção de Natal possuem um “que” de Pop e Hip Hop, tudo mesclado com melodias e notas que são gatilhos para despertar na nossa mente aquele sentimento de natal, de família e de comemoração festiva. O cantor John Legend é o compositor das canções originais e ele merece todos os elogios que não caberão em um parágrafo.
Uma Invenção de Natal / Netflix
Vinte e cinco de dezembro é um número especial no calendário de muitos, sem dúvida. Em tempos que o afastamento se fez e se faz necessário, esse é um longa-metragem que consegue simbolizar um abraço acolhedor através da magia de contar histórias.
Uma Invenção de Natal é simplesmente um conto de fadas em formato de filme. Uma garantia de que essa data tão encantadora continuará sendo homenageada pela 7ª arte.
Na nova comédia de fantasia do Disney+ “Fada Madrinha”, Jillian Bell é uma aspirante a fada madrinha que tenta salvar o seu mundo atendendo a um último pedido.
A Disney é expert em trazer personagens do mundo da fantasia para a difícil missão de viver no mundo real, e dessa vez a vítima é uma aspirante a fada madrinha um tanto quanto atrapalhada.
Fada Madrinha apresenta uma fada madrinha jovem e inexperiente que entra em uma aventura sozinha para provar o seu valor é assim, salvar o mundo das fadas madrinhas de um final trágico, que poderia transformar todas em fadas do dente.
Nessa aventura Eleanor (Jillian Bell) descobre o pedido de uma jovem que vem sendo ignorado há anos, e decide ajudá-la indo para o mundo normal. Chegando aqui, a jovem fada se depara com Mackenzie ( Isla Fisher), a jovem que há anos não acredita em contos de fada, e que não está indo bem em sua vida adulta.
Fada Madrinha | Disney+
Durante o longa, as duas passam por diversas provações e momentos que pudessem resultar em um final feliz fora do convencional, mostrando que o amor verdadeiro não está relacionado apenas em encontrar o seu príncipe encantado.
Fada Madrinha traz todo o encanto familiar típico dos filmes da Disney, levando em conta as novas produções com finais felizes que não envolvam ter um parceiro, e com mulheres fortes e independentes.
A junção do mundo encantado com o mundo real já foi visto em várias produções da Disney, e Encantada é a prova fica de que essa fórmula funciona super bem. O choque dos dois mundos deixa tudo bem mais divertido, principalmente quando temos personagens leves com piadas para toda a família.
Fada Madrinha | Disney+
O filme chegou em boa hora no Disney+, se passando no inverno perto da época do Natal, a comédia leve é uma ótima opção, com um desfecho completamente encantador, fugindo dos esteriótipos e ensinando um novo conceito às futuras fadas madrinhas.
Mas, apesar dos pontos positivos, o filme ainda não consegue atrair 100% do público, assim que a história é apresentava, fica visível o rumo que ela vai tomar, talvez a falta de algum momento surpreendente faça com que algumas coisas deixem a desejar.
Fada Madrinha é leve, com humor para todas as idades e gostos, vale a pena ser assistido sem nenhuma expectativa, para que a experiência do filme simples seja melhor aproveitada.
Produção americana original da Netflix, “Crônicas de Natal” é uma narrativa fantasiosa sobre a magia do espírito natalino. Desenvolvido por Clay Kaytis para a plataforma do streaming, o longa-metragem traz Kurt Russel e Darby Camp em uma aventura emocionante e agradável a respeito da força da fé e dos laços familiares.
Em “Crônicas de Natal“, os irmãos Kate (Darby Camp) e Teddy Pierce (Judah Lewis), após perderem o pai em um resgate dos bombeiros, elaboram um complicado esquema para flagrar o exato momento da chegada do Papai Noel (Kurt Russel) em sua casa. Decididos a reunir provas da existência do bom velhinho, eles invadem o seu trenó e se escondem junto do seu saco mágico de brinquedos. No entanto, o plano dos dois começa a dar errado quando eles fazem com que Noel perca o controle sobre as suas renas e destrua o seu trenó. Dessa forma, após arriscar o futuro do Natal, Kate e Teddy decidem organizar uma força-tarefa, a fim de ajudar o Papai Noel a correr contra o tempo para entregar os presentes de todas as crianças do mundo e salvar a noite antes que seja tarde demais.
Crônicas de Natal / Netflix
“Crônicas de Natal“, baseado em diversos contos clássicos da mitologia natalina, surge no streaming como uma oferta de entretenimento interessante, espirituosa e imaginativa. Apresentando uma releitura moderna em torno da festividade, a franquia da Netflix – que já conta com uma sequência – inicia a sua caminhada com bastante fôlego. Simples e emocionante, a produção investe em suas principais peças e entrega um resultado surpreendente. Nesse sentido, Russel se destaca como Papai Noel – em uma atuação sólida e constante que convence até os descrentes – e protagoniza os melhores momentos do longa, incluindo uma sequência musical dançante e muito envolvente.
Além disso, a produção de Kaytis acerta no desenvolvimento de seus personagens. Profundos o suficiente para que o espectador se identifique e se preocupe com cada um deles, os irmãos Pierce embarcam em um arco de “redenção” poético que culmina nas preciosas e tão esperadas lições de moral natalinas. Por conseguinte, embora não seja um material completamente novo para o espectador – e esteja carregado de certa previsibilidade narrativa -, o longa é um prato cheio dos maiores clássicos do gênero e consegue cativar a audiência, na medida que desperta o espírito festivo dentro de cada um de nós.
Crônicas de Natal / Netflixi
“The Christmas Chronicles“, aposta especial da Netflix para o fim de 2018, é uma amostra simples e significativa sobre o espírito mágico do Natal. Recheado de momentos doces, a produção do streaming é capaz de confortar o coração do espectador, à medida em que lança mão de clichês calorosos e de atuações agradáveis e convidativas para abastecer o clima de festas. Protagonizado por Kurt Russel, o entretenimento familiar de Clay Kaytis assume uma narrativa bonita e, ainda que previsível, é o suficiente para conquistar a atenção e a simpatia do grande público. Finalmente, carregado pelas mãos capazes que deram vida a um Noel moderno e envolvente, a produção se destaca entre as demais e entrega a melhor aventura natalina dos últimos tempos.
O Disney+ chegou no Brasil já trazendo os seus filmes originais da plataforma, e com os estreia foi bem próxima das festas de final de ano, a presença de filmes originais natalinos no catálogo chamou a atenção do público. Noelle é um dos novos filmes, e conta uma história um tanto quanto clichê, mas que surpreende.
Já pensou em fazer parte da família do verdadeiro Papai Noel? Bom, o cargo de Papai Noel está na família Kringle há milênios, e como toda tradição, o título passa de pai para filho assim que o atual Noel falece. E é isso que acontece em Noelle, a carismática produção natalina do Disney +.
Em um vilarejo no Polo Norte, após o falecimento do Papai Noel atual, Noelle (Anna Kendrick) ajuda a treinar o seu irmão mais velho Nick (Bill Hader) para assumir o mais importante cargo, o de Papai Noel.
Noelle | Disney+
Nick, diferente de todos, acaba sentindo a pressão de assumir o cargo, e quando recebe um conselho meio torto de sua irmã Noelle, ele decidi ir embora cinco dias antes do Natal, atrapalhando todos os preparativos. Noelle então fica com a importante missão de salvar o Natal de todos e trazer o seu irmão de volta, antes que seu primo Gabriel (Billy Eichner) acabe com toda a magia do feriado, já que ele não tem o que é necessário para ser o Papai Noel.
Noelle ganha o público logo nos primeiros 10 minutos com o carisma de Anne Kendrick, que consegue passar a simplicidade e pureza de sua personagem. O encontro de Noelle com o mundo real faz com que as coisas acabem saindo do controle, trazendo momentos hilários para o filme.
Apesar das cenas engraçadas, o momento “own” chega, e ele acontece quando a personagem de Kendrick descobre que consegue se comunicar com linguagens de sinais.
Noelle | Disney+
O longa estreou em 2019 no Disney+, chegando ao Brasil este ano junto com a plataforma de streaming. Com efeitos especiais fracos, o filme consegue destaque por trazer uma trama limpa e sem tantos rodeios em seu roteiro, que mesmo sendo genérico consegue cativar quem assiste.
Mesmo não sendo uma comédia, o filme tem um elenco de comédia excelente, que traz a leveza que o filme necessita. Noelle é uma típica aventura de Natal, ótimo filme para assistir com a família e aproveitar o fim de ano. E mesmo que não seja uma obra de arte, consegue garantir o seu espaço e acaba fazendo com que seus defeitos sejam deixados de lado.
De longe é perceptível que o criador de Sem Maturidade Para Isso também foi responsável por Apenas Um Show — o mesmo traço, humor inteligente e apego as referências. Dessa vez, na recente animação adicionada ao catálogo da Netflix, J.G. Quintel abre as portas para uma história que não tem vergonha do ridículo e que usa uma criatividade cômica para fisgar a atenção do público-alvo.
Ah… Ser adulto é como estar em um sonho doce! É se aventurar ao embarcar no ônibus lotado, ouvindo o cantar dos pássaros e, ainda por cima, chegar atrasado no emprego. É sorrir com a chegada de mais um boleto que deverá ser quitado antes do dia quinze. Fascinante mesmo é vislumbrar uma pia cheia de louças para lavar. Quem aí não pula de alegria com tudo isso? Ironias à parte, o que seria de nós, seres ajuizados, se não fossemos convidados a “tirar sarro” da rotina que molda a vida dos adultos?
Pode ser apavorante e, ao mesmo tempo, divertido. Rir ainda é um excelente remédio e a animação Sem Maturidade Para Isso é uma dose exagerada deste medicamento, cuja fórmula consiste em três elementos: ironia, “nonsense” (do primeiro ao último episódio) e muita zombaria.
Sem Maturidade Para Isso / HBO Max / Netflix
Sinopse Sem Maturidade Para isso:
O tempo passa rápido, e as responsabilidades só aumentam. Isto é o que um jovem casal está sentindo na pele durante a transição dos 20 para os 30 e poucos anos. Em meio à nova fase, Josh e Emily precisam cuidar de sua filha pequena, manter uma boa relação com seus amigos e ainda enfrentar os desafios comuns do dia a dia – como roubar presuntos ou lidar com palhaços strippers.
É comum escutarmos, vez ou outra, as pessoas falarem “crescer é um saco!“. Essa frase é proclamada como um desabafo diante da tempestade de responsabilidade que cai sobre os ombros dos adultos. É apropriando-se desse consenso que Sem Maturidade Para Isso ligará vários pontos em comum com o telespectador, com a simples missão de te fazer rir e refletir sobre a evolução (física e comportamental) do indivíduo. A série é clara: não é preciso se desfazer de tudo o que você é. Óbvio que esse apontamento nasce da veia cômica do roteiro, que dispensa as convenções para falar sobre amadurecimento (ou o mais parecido com isso).
Sem Maturidade Para Isso / HBO Max / Netflix
Com arcos fechados, cada episódio de Sem Maturidade Para Isso, composto por duas histórias distintas, é uma grande viagem — distorcida e cômica — a respeito de temáticas que assombram ou animam a vida da famosa Geração Y. Mesmo que apresente elementos que não conversem diretamente com a geração atual, a forma como a história é contada e, sobretudo, o uso de uma linguagem bem humorada, contribui para que a audiência não fique restrita apenas aos nascidos na década de 1980 e 1990.
As referências a estes períodos, que são muitas, entram na narrativa sem tomar para si o foco do episódio. Sem dúvida, algumas citações nostálgicas surtirão um maior efeito para com o público mais velho, que sentirá mais proximidade com os personagens. Se você é sensível e tem mais de trinta anos, muito cuidado, você vai “chorar de rir” e mergulhar numa onda de saudosismo e dilemas modernos.
Sem Maturidade Para Isso / HBO Max / Netflix
Os dias atuais, movidos por uma sociedade apegada a tecnologia, também encontram espaço no roteiro. A sátira sobre as atitudes das pessoas é tratada ao longo da temporada, uma conexão indireta com o público secundário, que talvez não se importe com termos e hábitos datados, como a breve menção às extintas locadoras “Blockbuster”.
Quintel, o cabeça por trás desse show, jamais perde a chance de transformar qualquer fato em piada; aliás esse é um traço (narrativo) que atesta sua sagacidade em discutir assuntos pela perspectiva do bom humor. Esse perfil do criador é catalisador de momentos hilários e inesquecíveis, principalmente nos três últimos episódios que extrapolam os limites do ilógico, sem medo de ser caricato. Portanto, se gargalhadas é o que deseja, gargalhadas é o que terá.
Sem Maturidade Para Isso / HBO Max / Netflix
Se você está na “casa dos trinta”, com toda certeza conhece os conflitos deste trecho da vida. Metade dos amigos estão casados, os demais preferem a vida de solteiro. Alguns tem filhos, outros são apenas filhos. Há aqueles que adoram baladas, enquanto outros detestem. Também têm aqueles que vivem sozinhos, os que residem com os pais e os que moram em uma casa diferente (mas, no mesmo quintal da mãe e do pai).
Se não bastasse toda essa pluralidade, quem é maior de idade está em constante transição, ora descobrindo novos gostos, ora se desencantando com velhos costumes. Logo, os diversos hábitos e visões de mundo acabam sendo peças fundamentais para que os personagens de Sem Maturidade Para Isso protagonizem uma história que cutuca a falsa utopia da vida adulta.
Sem Maturidade Para Isso / HBO Max / Netflix
Os personagens não passam por grandes transformações, mas é notório a evolução dentro de cada episódio pois Sem Maturidade Para Isso consegue falar descontraidamente sobre os temores e anseios que habitam o lado emocional dos adultos. A utilização de arquétipos desmitifica alguns achismos e quase todos os capítulos apresentam o mesmo discurso: não há nada de errado em preferir o comodismo. Afinal, a zona de conforto é um lugar “confortável” e está tudo bem seguir a vida sem abandoná-la.
Por outro lado, o contrário também é válido, pois não existe um manual sobre “como ser adulto”. Cada um é cada um, mesmo que o dicionário resuma todos em um único termo. Assim sendo, Sem Maturidade Para Isso é um respiro para aqueles que levam a vida muito a sério e um tributo para quem curte uma boa diversão.
Tudo Bem No Natal Que Vem é a nova comédia natalina da Netflix que estreou recentemente e já vem ocupando o top 10 da plataforma em diferentes países. No filme, Leandro Hassum vive o dia de Natal várias vezes seguidas, sem entender o que está acontecendo.
Filmes de Natal são um clássico no final de ano de qualquer um, principalmente aqueles que levam uma carga emocional e envolvem a família, e a Netflix é expert em trazer esse tipo de filme, coisa que não seria diferente esse ano.
Tudo Bem No Natal Que Vem conta a história de Jorge ( Leandro Hassum), um homem que teve o “privilégio” de nascer no dia 25 de dezembro, tornando esse um dos motivos para odiar a data e tudo que envolva a comemoração de Natal. Durante o Natal de 2010, Jorge faz tudo o que tinha planejado, vai ao mercado, compra os presentes e espera anoitecer pra escutar as mesmas piadas e assistir aos mesmos programas, mas por conta de um imprevisto, ele acaba se vestindo de Papai Noel.
Fazendo tudo de qualquer jeito e já sendo um pouco desajeitado, Jorge cai do telhado, e acaba acordando exatamente um ano depois, sem entender o que aconteceu e nem se lembrar do ano que passou, fazendo com que ele viva novamente tudo aquilo que sempre detestou, e do mesmo jeito.
Tudo Bem No Natal Que Vem | Netflix
Por conta da viagem no tempo e o buraco que fica na memória de Jorge durante todos esses anos, ele tem que lidar com as escolhas que o seu “eu” fez durante os 364 dias em que ele não era ele, além de conviver com o constante crescimento de seus filhos e situações de partir o coração.
Tudo Bem No Natal Que Vem é mais uma parceria de Hassum com o diretor Roberto Santucci, que já trabalharam juntos nas comédias Até Que a Sorte nos Separe e O Candidato Honesto, filmes que me deixaram com um pé atrás de embarcar nessa comédia Natalina, mas que tiveram uma porcentagem boa na grata surpresa que foi assistir a esse filme.
A trama, como citado lá em cima, trouxe uma sensação de déjà vu enquanto eu assistia, e tudo isso por conta da história lembrar muito o filme Click, do Adam Sandler. No filme, Adam usa um controle universal para adiantar eventos na sua vida, acaba perdendo o controle da situação, perdendo a morte de seu pai e eventos especiais na vida de seus filhos.
Tudo Bem No Natal Que Vem | Netflix
O filme na Netflix tem emocionado pessoas de diferentes países e não é por menos, a atuação de Leandro Hassum surpreendeu todo mundo positivamente, principalmente depois de ter estrelado comédias um tanto quanto genéricas e sem carisma, no longa, fica difícil separar o personagem do ator em momentos em que a emoção toma conta da tela, diria até que se tornou uma coisa muito bonita essa não distinção.
Além de Hassum, o elenco conta com nomes como Danielle Winits, Elisa Pinheiro, Arianne Botelho, Daniel Filho, Miguel Rômulo, Rodrigo Fagundes, Louise Cardoso e José Rubens Chachá.
Por fim, o filme consegue cativar até o público mais difícil, ou pelo menos prender a atenção por 5 ou 10 minutos e, apesar do grande acontecimento se dar apenas nos últimos 20 minutos, o filme que tem a duração correta consegue fazer com que você queira acompanhar a história e entender tudo o que está acontecendo e o que se deu para que os dias se repetissem. Sendo repetitiva mas não podendo deixar de lado, Tudo Bem No Natal Que Vem foi uma grata surpresa, e nada melhor do que assistir um filme sobre o Natal que se passa em solo brasileiro.
Com elenco principal composto por adolescentes e um cenário semelhante a Lost, The Wilds chega esse mês no Amazon Prime Video com uma trama cheia de mistérios.
Durante o painel do segundo dia de CCXP Worlds, o Amazon Prime Video apresentou sua nova série, The Wilds, com um bate papo entre as atrizes Rachel Griffiths, Sarah Pidgeon, Reiggn Edwards, a showrunner Amy B. Harrus e a criadora Sarah Streicher, que contaram mais sobre o mais novo suspense.
Na série, oito adolescentes sofrem um estranho acidente de avião e acabam caindo em uma ilha deserta. Além de estarem sozinhas, as adolescentes ainda tem que lidar com estranhos acontecimentos e muitos mistérios em torno da ilha.
Se em algum momento você enxergou as semelhanças com a série Lost, está mais que certo. Durante a conversa, a criadora da série Sarah Streicher revelou que se inspirou na produção de J.J.Abrams, mas não exclusivamente dela, o livro O Senhor das Moscas e o filme Náufrago também tem uma certa participação na produção.
The Wilds chega ao Amazon Prime Video dia 11 de Dezembro, tendo o seu primeiro episódio disponível para quem não é assinante.