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Dark Souls | Morrer faz parte da jornada

É meio louco pensar que um jogo como Dark Souls fez sucesso, ainda mais vindo de uma época em que os jogos estavam ficando um pouco mais fáceis e a narrativa estava começando a entrar nos jogos. Além disso, o ano de 2011 foi um ano em que tivemos muitos jogos de IPs grandes, como Batman: Arkham City, Dead Space 2, Gears of War 3, entre outros. Aqui, vou falar sobre por que acho que Dark Souls fez sucesso e como ele mudou minha vida e minha forma de ver jogos e arte.

Lembro de ter um Xbox 360 destravado e ter ganhado dinheiro junto com um irmão, quando vimos um anúncio de um cara vendendo vários jogos por um preço baixo, pegamos todos e lá estava Dark Souls 1 e 2. Eu não conhecia nada do jogo e comecei a jogar, e meu Deus, quem desistiu, eu entendo porque. Como escolher classes na primeira vez? Eu não sabia inglês na época e o que era um “Gift”?. Saí escolhendo e fui para o Undead Asylum, lembro de perguntar para meu irmão o que eu faço, mas ele não disse nada. Depois de muito sofrimento, matei o Asylum Demon e pensei: “que coisa estranha, eu não sei o que fazer”. Logo fui para a maravilhosa e perfeita Firelink Shrine, foi paixão à primeira vista, mas a frustração veio porque eu não sabia o que fazer. No entanto, um homem me salvou, o lendário Felipe Ramos.

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Dark Souls.

Apesar de não saber o que fazer, vi os vídeos do lendário Felipe Ramos, que mostra como começar bem no jogo, o que é incrível até hoje. E assim, comecei a desbravar esse mundo morto e estranho. O bizarro é que o jogo tem um charme único na forma como te coloca nele. Mesmo sem saber nada, a curiosidade vem e você acaba morrendo muitas vezes. Você acaba aceitando entrar em um covenant logo no começo, mas fica claro que o mundo em que se passa a história já morreu ou está prestes a morrer, com caveiras andando por aí. O NPC de Firelink Shrine fala de uma forma devastadora sobre dever e tocar sinos, o que faz você questionar o porquê de estar jogando aquilo, mas não vou me aprofundar na lore nesse artigo.

“bater e rolar” – você aprende isso rapidamente e percebe que é mais difícil do que parece. Isso faz com que você saia da sua zona de conforto. Quando você encontra o Wyvern no Burg, você só pensa como eu vou vencer isso apenas com a lâmina de Astora, mas você tenta mesmo assim, porque já está hipnotizado pelo jogo e pela ideia de andar e morrer. O medo de perder almas já está com você, e você só sabe que tem que bater em dois sinos.

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Dark Souls.

Mas além disso, o mapa desse jogo faz você querer explorá-lo, e tudo é tão conectado e bem feito que você não consegue sair. Acho que esse foi o maior motivo, e é óbvio que o jogo é excelente, mas a ideia de desafiar você e fazer você sentir medo é brilhante, porque você não está acostumado com isso em um RPG. Acho genial mesmo! A trilha sonora, os inimigos, o silêncio ao encontrar um Black Knight – tudo neste jogo é pensado para fazer você ficar mais curioso e aprender sobre ele. No final, é isso mesmo – se você aprende sobre o jogo, ele se transforma em algo que te hipnotiza ainda mais.

Esse jogo é bem importante para mim, até porque no momento em que ele me hipnotizou, eu estava em uma fase difícil da adolescência. Toda a mensagem de que vai ser difícil, mas você vai aprender algo novo e tentar novamente até dar certo, e que não pode desistir, porque essa é a única maneira de perder no jogo e virar um Hollow, vagando sem alma, enquanto o mundo espera outro Chosen One, é maravilhosa. Fora os personagens, como Solaire, que é um ser maravilhoso que te faz sorrir e busca o próprio sol em meio àquele mundo. Temos também as batalhas contra chefes, que são completamente maravilhosas, como Queelag, que é linda, especialmente quando você descobre a lore por trás dela, e Sif, que tem a melhor história do jogo, na minha opinião. Essas, juntando lore e combate, são as melhores do jogo. No fim, eu escreveria um milhão de parágrafos e ainda faltaria para dizer o quão importante esse jogo é, tanto para a indústria quanto para mim. Eu digo para meus amigos que Dark Souls 1 é o jogo mais importante da década passada, e vou defender isso sempre.

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